O agricultor Edmilson Rodrigues Ferreira, 44 anos, morador do Povoado de Serrote, na Região do Distrito de Salgadália – Conceição do Coité, morreu no inicio da tarde de quinta-feira,08, em uma unidade hospitalar na cidade de Serrinha, onde estava internado desde terça-feira,06, depois de ter sido encontrado passando mal em sua casa, dois dias depois não resistiu e veio a óbito e o sepultamento aconteceu no fim da tarde desta sexta-feira, no cemitério de Salgadália.
De acordo com um amigo identificado por Manoel Rocha Rosa, 53 anos, estavam juntos e por volta das 19h de domingo, ele disse que ia ao mato fazer necessidades fisiológicas, “quando retornou disse que tinha sido picado por algum bicho, não disse qual, a gente voltou ao local e não vimos nada, ele também não me disse que tinha sido cobra, ficamos por ali mais alguns minutos e nem me falou nada nem reclamava fui embora. No dia seguinte, na segunda-feira, ele tinha vendido umas palmas a uma pessoa que foi até sua casa, e ao chegar encontrou passando muito mal, e ele morava sozinho, já que era separado, ao chegar o socorro disse que tinha passado mal a noite toda, quando imaginamos que ele podia ter sido mordido por uma cobra.Se ele me fala que tinha sido mordido por cobra, eu ia usar da técnica antiga para impedir que o sangue circulasse até chegar no hospital, ai podia até salvar”. Lamentou o amigo.
Edmilson foi levado para o Hospital Português , unidade Regional de Coité e de lá transferido para Serrinha, onde foram realizados exames que constataram veneno de cobra, “talvez o tempo que ele ficou em casa sem procurar atendimento médico, foi que complicou ainda mais a situação”, disse outro agricultor que afirmou também que na região ainda é muito comum, embora com quantidade menor, encontrar cobra Jaracuçu e Cascavel, ambas super venenosas.
Menos de 30% das cobras brasileiras são venenosas. O veneno de uma jararaca, cascavel ou coral, porém, pode levar à morte em pouco tempo. Por isso, é importante buscar o socorro o mais rápido possível para que o soro antiofídico possa ser aplicado nas três primeiras horas depois do ataque.
Como reconhecer:
A reação à picada depende do tipo de cobra, da parte do corpo mordida, da quantidade de veneno introduzido no organismo, do modo como as presas se prenderam no corpo e do peso da vítima. Imediatamente após a mordida, a pessoa pode começar a sentir:
– dor
– náuseas
– palidez
– pulso fraco
– rigidez na nuca
– visão confusa
– perda da consciência
Como agir:
– Procure imediatamente o serviço de emergência
– Mantenha a vítima calma e deitada
– Lave o local com água abundante
– Não coloque nenhum tipo de substância no local, não faça cortes ou amarre qualquer tipo de material ao local da picada
– Mantenha elevado o pé, perna ou braço atingido
– Se há condições de segurança, leve a cobra (viva ou morta) ao serviço de atendimento de emergência (assim será mais fácil descobrir o soro adequado para tratar a vítima)
Como prevenir:
– Utilize botas ao percorrer locais com mato e arbustos
– Não coloque as mãos em tocas e lugares escuros onde a cobra possa se esconder
– Caso seja preciso manipular esses animais, use luvas adequadas e material de proteção
– Mantenha os terrenos próximos de sua moradia limpos, evitando ratos, animais que costumam atrair esses predadores
– Evite passeios noturnos em áreas onde há cobras (a maioria dos animais mantém hábitos noturnos)
– Não mate emas, seriemas, gaviões e gambás. Eles são predadores naturais das cobras.
Redação CN