As manifestações de caminhoneiros tornaram-se mais intensas na tarde de hoje (23), segundo o mais recente balanço, divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) às 18h. Eles bloqueiam 17 pontos de dez rodovias federais em quatro estados do país – Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Ceará. De manhã, eram 14 interdições parciais.
No Ceará, os caminhoneiros bloqueiam totalmente a rodovia BR-116, na altura do km 204, próximo do município de Tabuleiro do Norte, desde as 15h. De acordo com a PRF, as demais interrupções são parciais.
Em Mato Grosso, seis pontos de duas BRs (163 e 364) estão interditados. No Paraná, foram registradas cinco interdições em quatro rodovias (BRs 277, 186, 163 e 368). Ocorrem ainda protestos em cinco pontos de rodovias do Rio Grande do Sul (BRs 285, 472, 158, 153).
Os protestos ocorrem após líderes dos motoristas reunirem-se, ontem, com representantes do governo e empresários para pedir a aprovação de uma tabela de frete mínimo para o transporte de mercadorias. Os caminhoneiros alegaram que a medida traria mais proteção à categoria em casos de oscilação do mercado. A proposta não foi aceita.
Para o secretário-geral da Presidência da República, ministro Miguel Rossetto, um valor mínimo para o transportes de cargas é inconstitucional. O governo federal chegou a propor uma tabela referencial de custo de frete. Diferentemente da tabela reivindicada pelos caminhoneiros, a do governo seria apenas uma referência para o setor.
Hoje, após o início das manifestações, Rosseto acrescentou que o governo não permitiria que caminhoneiros voltassem a bloquear rodovias brasileiras.