O Ministério da Saúde investiga a chegada de um novo vírus ao Brasil, similar à dengue e à chikungunya, que já teve casos suspeitos reportados em pelo menos seis Estados, todos no Nordeste. O chamado Zika Vírus ou Febre Zika é transmitido pelo Aedes aegypti e outros tipos de mosquito e provoca sintomas parecidos com os da dengue, mas com menor gravidade.
O chamado “Zika Virus” atingiu moradores de diversas cidades do estado, a exemplo de Camaçari, Salvador e Feira de Santana.
A investigação foi iniciada neste ano após uma série de cidades do Nordeste notificar as vigilâncias epidemiológicas estaduais sobre a ocorrência de uma doença em que os pacientes apresentavam manchas ou erupções na pele, sem definição de diagnóstico.
Camaçari, na Bahia, foi um dos municípios que enviaram amostras para a análise do ministério. “Desde janeiro tivemos a notificação de 2.300 casos em que o paciente apresentava exantema (manchas no corpo).
Descartando doenças como sarampo e rubéola, pensamos que fosse dengue ou chikungunya, mas metade desses pacientes não apresentava febre. Foi aí que notificamos o Estado para que fosse feita uma investigação”, conta o secretário municipal da Saúde de Camaçari, Washington Couto.
Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirmaram ter encontrado o vírus em amostras de sangue de pacientes da cidade baiana, mas a presença da doença ainda não foi confirmada pelo governo federal. “O Ministério da Saúde acompanha a situação e participa da investigação dos casos” registrados nos Estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba.
“É muito importante para nosso grupo ter descoberto este vírus pela primeira vez no Brasil”, comemorou. As pesquisas contaram com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) que disponibilizou recursos através do Programa de Apoio à Pesquisa para o SUS (PPSUS).