Um adolescente canadense de 18 anos foi morto a tiros ao tentar reaver seu smartphone usando um aplicativo de rastreamento. Jeremy Cook, morador de Ontário, no Canadá, foi morto no domingo (14) ao chegar ao local indicado pelo app e confrontar três homens armados, que estavam com o aparelho.
Segundo o site de notícias “CBC”, o jovem perdera o celular em um táxi. Para encontrá-lo, recorreu a um sistema de rastreamento eletrônico. Ele foi acompanhado de sua irmã mais velha ao local indicado pelo app. Chegando lá, encontrou três homens dentro de um carro, um Mazda.
Ao pedir aos homens que devolvessem o aparelho, o veículo começou a se afastar. Cook se agarrou à porta do carro do lado do motorista. Houve disparos. O adolescente já não estava vivo quando a polícia chegou ao local. O velório do jovem ocorrerá neste sábado (20) e o enterro, no domingo (21).
Segundo a polícia, Cook não tinha conexão com os homens, algo raro em crimes desse tipo. O veículo dos envolvidos no assassinato foi localizado nas proximidades depois de ter batido em uma cabine telefônica. O celular de Cook, pivô do crime, também foi encontrado. Três suspeitos foram presos, mas liberados em seguida por não terem conexão com o crime.
“Ninguém poderia ter pressentido ou ao menos pensado que a perda de uma vida poderia ser resultado de um celular perdido”, afirmou à “CBC” Ken Steeves, da polícia de London, cidade da província de Ontário (Canadá).
Para a polícia, Cook deveria ter acionado autoridades ao perceber que a situação poderia envolver violência potencial.
“O app em si é uma ferramenta legal de se ter”, disse Steeves. “Mas se você suspeita que possa haver qualquer violência em potencial, nós certamente encorajamos você a contatar a polícia.”
A polícia não revelou qual era o modelo do celular perdido por Cook. Apple e Google possui ferramentas para localizar aparelhos perdidos em seus sistemas. O “Find My iPhone” funciona para dispositivos com iOS e o Device Manager, para aqueles com Android.
“Não foi o aplicativo que tirou a vida de Jeremy, foram os indivíduos que estavam armados com uma arma”, completou Steeves.
G1.com