Uma família moradora do Povoado de Rejeito no Município de Santaluz, vive a angustia de não poder sepultar os restos mortais de um ente querido encontrado morto no dia 29 de julho de 2013, a exatamente dois anos, completados nesta quarta-feira (29). Ele havia desaparecido 30 dias antes no Povoado de Lagoa Escura, também em Santaluz.
Segundo informações, Hamilton da Cruz Souza, na época morava em São Paulo e estava a passeio na cidade natal e passeava pela Lagoa Escura, quando foi visto pela última vez e onde também foi encontrada uma moto de sua propriedade. A partir daquele dia ninguém mais deu noticias, passados 30 dias um corpo foi encontrado em completo estado de decomposição próximo ao Povoado Rio do Peixe, Município de Queimadas, e diante do quadro, foi necessário encaminhar para o Departamento de Polícia Técnica – DPT de Senhor do Bonfim para identificação, não sendo possível pelos meios mais simples, passados quatro meses, a opção foi buscar através de exame ácido desoxirribonucléico, popularmente conhecido por DNA sendo necessário o deslocamento da irmã Luciana Souza, de São Paulo para Senhor do Bonfim para ser feita a coleta do material (saliva).
Após a coleta a irmã retornou para São Paulo e ficou na expectativa do resultado para por um fim na angustia da família e sepultar os restos mortais de Hamilton da Cruz, mas até a presente data, nunca chegou nenhum resultado e o corpo permanece no DPT bonfinense, enquanto isso aumenta a angústia da família na zona rural de Santaluz.
“O descaso e a falta de importância que o estado dar as famílias humildes são motivos de muita revolta”, diz indignado o vereador Sérgio Suzart do Município de Santaluz, ao acompanhar de perto o sofrimento da família. Ele reclama dos trâmites burocráticos e considera falta de atenção com a população.
Ainda de acordo com o vereador, a família sempre o procura para saber o resultado, e a resposta tem sido a mesma, ou seja, o DPT diz que está aguardando o resultado de um laudo de Salvador, “Liguei para o laboratório em Salvador e falei com a acessória do diretor da unidade, e as informações são: que permanece em análise” Finalizou Suzart enquanto disse continuar sem previsão da liberação do laudo.
O Calila Noticias entrou em contato com Suzart para saber o que assegura que aquele corpo é de Hamilton, ele disse que ainda no local ao ser encontrado, mesmo estando em completo estado de decomposição, um tio de Hamilton apontou três provas que podiam justificar. A roupa, uma pulseira tornozeleira, e a tatuagem com a imagem da mãe dele.
Somente o laudo pericial para confirmar tudo isso, inclusive a causa da morte.
Redação CN