Um caso de negligência médica pode ter causado a morte de um bebê na maternidade pública de Alagoinhas, no agreste baiano. O filho de Erica Souza Chaves, de 18 anos, João Gabriel Chaves de Santana, nasceu de parto normal na quinta-feira (3) na Maternidade Dr. João Carlos Meireles Paulilo. O bebê veio a falecer na segunda-feira (7). Segundo Erica, a criança “nasceu saudável, com 3,9 quilos”, mas a falta de tratamento adequado após uma complicação impediu que o bebê se recuperasse ou fosse transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.
A mãe do recém-nascido conta que no dia seguinte ao parto foi informada que o menino precisaria de “banho de luz” – procedimento indicado para casos de icterícia [conhecido como “amarelão”, que deixa a pele amarelada pelo excesso de bilirrubina não metabolizada no fígado]. “Eles não cuidaram direito. Uma médica que viu o bebê indicou uma UTI neonatal, e a maternidade ficou de fazer o contato com outros hospitais”, relata.
Ela ainda acrescenta que o menino foi entubado, mas foi dito a ela que só a transferência poderia aumentar as chances de vida do bebê, o que não ocorreu. A versão contada por Erica é confirmada pela irmã dela Mércia Souza Chaves, de 20 anos. “Eles disseram que passaram o caso para a central de regulação para conseguir vaga no Hospital da Criança {em Feira de Santana], mas eu liguei para lá e não havia nenhum pedido”, conta.
Os familiares do bebê exigem explicação e pretendem levar o caso à Justiça. “A gente quer justiça. Porque se aconteceu com meu filho, pode acontecer com o filho de qualquer um”, desabafou Erica. O Bahia Notícias tentou o contato com a direção da maternidade João Carlos Meireles Paulilo, mas não conseguiu falar com os responsáveis pela unidade.
Portal Clériston Silva