O corpo do cantor, apresentador e radialista Kid Vinil , que morreu na tarde de sexta-feira (19) em São Paulo, foi enterrado no Cemitério Vila Mariana, na Zona Sul da cidade, na tarde deste sábado (20).
Mais cedo, ele foi velado no salão nobre Waldemar Lopes Ferraz, conhecido como Salão dos Espelhos, na Assembleia Legislativa.
Kid Vinil morreu depois de passar mais de um mês internado. Ele passou mal depois de um show em Conselheiro Lafaiete (MG), e foi levado a um centro médico da cidade.
Depois, foi transferido de helicóptero para o Hospital da Luz, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Em seguida, foi para o Hospital TotalCor, onde morreu. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do TotalCor.
Kid Vinil era diabético e sofreu uma parada cardíaca no dia 16 de abril. Ele chegou a ser colocado em coma induzido.
Antes de passar mal, Kid Vinil cantava com outros artistas dos anos 1980, como Kiko Zambianchi e Ritchie, em um clube de Conselheiro Lafaiete. Nos últimos dias, amigos afirmaram nas redes sociais que o quadro do cantor tinha se agravado e pediram orações por sua recuperação.
Hits nos anos 80
Antônio Carlos Senefonte nasceu em Cedral, no interior de São Paulo, em 10 de março de 1955. Com o apelido Kid Vinil, ele se destacou com trabalhos como cantor, radialista, jornalista, VJ e DJ.
Kid ganhou fama no cenário do rock nacional nos anos 80 com a banda Magazine, anteriormente chamada de Verminose. Ted Gaz, Lu Stopa e Trinkão completavam o grupo.
O Magazine lançou hits como “Tic Tic Nervoso”, “Sou Boy” e “A Gata Comeu”. O quarteto encerrou suas atividades definitivamente em 2004. Kid saiu e retornou para a banda várias vezes, sempre com projetos musicais paralelos.
Em uma dessas idas e vindas, criou o projeto Kid Vinil e os Heróis do Brasil. Retornou pela última vez ao Magazine em 1998. Ainda na parte musical, ele se dedicou ao projeto Kid Vinil Xperience, em 2005. Seu último trabalho, o EP Kid Vinil Xperience, foi lançado em 2014.
MTV e TV Cultura
Kid também teve projetos voltados para a TV. Em 1987, o cantor participou do programa “Boca Livre”, na TV Cultura. De 1989 a 1993, apresentou o “Som Pop”, da mesma emissora.
Ainda nos anos 1990, tornou-se VJ da MTV, onde trabalhou de 1999 a 2001. Entre os programas que participou na emissora estava o “Lado B”, voltado para a música alternativa.
Em 2008, lançou o livro “Almanaque do Rock”, que contava um pouco da trajetória do rock desde os anos 1950. Tinha planos de escrever mais um livro.
Ainda nos anos 1990, tornou-se VJ da MTV, onde trabalhou de 1999 a 2001. Entre os programas que participou na emissora estava o “Lado B”, voltado para a música alternativa.
Em 2008, lançou o livro “Almanaque do Rock”, que contava um pouco da trajetória do rock desde os anos 1950. Tinha planos de escrever mais um livro.
DJ e radialista
No último anos, atuou como DJ em festas por todo o Brasil, trabalho que desenvolvia desde a década de 1980, além de comandar um programa semanal na Rádio Rock 89FM (SP), desde 2015.
No mesmo ano, teve sua história contada na biografia “Kid Vinil: um herói do Brasil”, escrita pelo jornalista Ricardo Gozzi e pelo guitarrista e produtor musical Duca Belintani.
Os músicos do Ultraje a Rigor, Roger Moreira e Mingau, e o artista Trinkão Watts passaram pelo velório.