Uma herdeira do banco suíço Credit Suisse decidiu doar R$ 500 mil ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois que o petista teve os bens bloqueados pela Justiça. O juiz Sergio Moro determinou o bloqueio de quase R$ 10 milhões em planos de previdência e contas bancárias.
De acordo com a Folha, Roberta Luchsinger fez a doação pessoal em dinheiro, joias e objetos de valor. “Com o bloqueio dos bens de Lula, Moro tenta inviabilizá-lo tanto na política quanto pessoalmente. Vou fazer uma doação para que o presidente possa usar conforme as necessidades dele”, declarou à coluna Rede Social, da Folha.
Entre as doações estão um cheque ao portador no valor de 28 mil francos suíços, cerca de R$ 91 mil, da mesada que recebia do avô Peter Paul Arnold Luchsinger, morto em julho. “Foi o último cheque que recebi dele e vou repassar integralmente ao Lula. Agora já podem dizer que ele tinha conta na Suíça, aquela que os procuradores da Lava Jato tanto procuraram e não acharam”, ironizou. Roberta também vai doar um relógio Rolex, avaliado em R$ 100 mil, e um anel de diamantes da joalheria Emar Batalha, que vale cerca de R$ 145 mil.
Os objetos serão entregues ao ex-presidente em uma mala, que contará ainda com uma bolsa Chanel (R$ 32 mil), um par de sandálias Christian Louboutin (R$ 3 mil) e um vestido Dolce e Gabbana (R$ 30 mil). “São itens que poderão ser leiloados em um evento em benefício ao ex-presidente”, sugeriu. Também foi incluído na lista uma bandeja de prata com o brasão da família Luchsinger, segundo Roberta em protesto pelo confisco dos presentes que o ex-presidente recebeu de chefes de Estado quando estava na Presidência.
“Esse ódio exacerbado contra os partidos de esquerda, principalmente contra o PT, chegou ao ponto de cegar parte da socieade. Virou moda se referir a Lula como ladrão. Esses que hoje o demonizam se esquecem de que Lula foi bom para os pobres e também para os ricos e deixou a Presidência com 90% de aprovação”, observou Roberta, que pretende se candidatar a deputada federal pelo PCdoB nas eleições de 2018.
Folha de S. Paulo