O corpo de Marielle Franco foi sepultado no fim da tarde desta quinta-feira (15), sob aplausos, protestos e homenagens de parentes, amigos e líderes políticos, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. Previsto inicialmente para as 16h, o enterro só foi realizado por volta das 18h.
Já o corpo do motorista Anderson Gomes, que dirigia o carro onde estava Marielle, foi sepultado no Cemitério de Inhaúma, zona norte do Rio, no final da tarde. A cerimônia também atraiu um grande número de amigos e parentes. Ele deixou a mulher e um filho de 2 anos. Anderson Gome trabalhava como motorista para o aplicativo Uber e prestava serviços eventuais para a vereadora.
Na cerimônia religiosa que antecedeu o sepultamento da vereadora, o celebrante manifestou indignação. “É matança de pobre, é matança de negro, matança de quem luta”, disse o padre.
Repetidas vezes, o nome de Marielle era gritado por um, e todos respondiam: “presente”. Como o velório tinha sido à tarde, na Câmara Municipal, a cerimônia no cemitério foi rápida, e a imprensa não teve acesso à parte final.
Marielle foi assassinada com quatro tiros na cabeça, quando ia para casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, retornando de um evento ligado ao movimento negro, na Lapa. A parlamentar estava no banco de trás do carro, quando o veículo dos criminosos emparelhou com o dela. Eles atiraram nove vezes. Anderson Gomes, que trabalhava como motorista para o aplicativo Uber e prestava serviços eventuais para Marielle, também morreu no ataque. Uma assessora que estava no carro sobreviveu ao ataque.
A vereadora era moradora do Complexo da Maré e defensora dos direitos humanos, autora de frequentes denúncias de violações de direitos de negros, moradores de favela, mulheres e pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).
Agência Brasil