A australiana Hanna Dickenson, 24 anos, foi presa na última terça-feira (10) após confessar que fingiu ter câncer. A jovem inventou ser vítima da doença, supostamente em estado terminal, para arrecadar cerca de R$ 87 mil, que seriam utilizados em um “tratamento fora do país”.
Segundo o Site Ultimo Segundo, tudo começou em 2013, quando Dickenson tinha 19 anos e disse aos pais que fora diagnosticada com leiomiossarcoma, um câncer raro. Ela explicou que já tinha tentado tratamento em hospitais de Melbourne, na Austrália, mas que, para se curar da doença, precisaria da ajuda financeira da família para viajar para fora do país.
Foi neste momento que os pais se mobilizaram para arrecadar fundos e financiar a viagem, que supostamente salvaria a vida de sua filha. Eles entraram em contato com dezenas de parentes e amigos que, comovidos com a situação, doaram à família 41,7 mil dólares australianos, o equivalente a R$ 87 mil.
O golpe , no entanto, não durou muito: logo as redes sociais denunciaram a mentira da australiana. Afinal, postando fotos bebendo e em baladas, Hanna levantou suspeitas sobre o destino dado aos quase R$ 90 mil.
Ela foi condenada a três meses de prisão e prestação de trabalhos comunitários, sentença que pode ser revertida pela argumentação de Bev Lindsay, advogada da mulher. De acordo com suas alegações, Dickenson não deveria ser responsabilizada porque, na realidade, foram os seus pais que pediram o dinheiro para o suposto tratamento.
Mulher finge câncer de filha
Em um caso que também envolveu mentiras sobre doenças, uma mulher enganou sua filha durante anos, fazendo-a acreditar que sofria de um câncer terminal . Hannah Millbrandt, que hoje tem 21 anos de idade, recebeu o falso diagnóstico quando tinha apenas sete anos. Desde então, a mãe, Theresa, vinha raspando sua cabeça, a drogando e mentindo para toda a família e conhecidos para não ter que pagar os R$ 90 mil reais doados para o tratamento da menina.
Em entrevista ao Mirror , Hannah afirmou ter feito sessões de quimioterapia. Ela alegou ter sido forçada a usar uma máscara cirúrgica, além de ser informada pela mãe que tinha somente duas semanas de vida. A família, que é de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu a mentira da doença terminal recentemente, e decidiu levar a história a público.
No ano passado caso semelhante aconteceu em Conceição do Coité na Bahia e envolveu uma professora. Foi feita campanha de arrecadação para mandar dinheiro para comprar de um caro medicamento que teria que ser adquirido nos Estados Unidos. Mas a farsa teve o fim quando uma pessoa procurou nossa redação afirmando que a professora nunca teve câncer e que sempre agiu com mentiras.
A Justiça coiteense tomou conhecimento que a suposta doente de câncer não estava e nunca esteve no Hospital Sírio Libanês em São Paulo fazendo tratamento e sim em sua cidade natal no interior da Paraíba realizando saques nas contas do Banco do Brasil e Caixa que posteriormente foram bloqueadas.