O afastamento do secretário da Casa Civil do governo de São Paulo, Gilberto Kassab, foi publicado hoje (4) no Diário Oficial do Estado. Ele pediu licença do cargo para se defender das denúncias de corrupção. A licença é “com prejuízo dos vencimentos e sem quaisquer ônus para o Estado, para tratar de assuntos de interesse particular”.
No dia 19 de dezembro, o então ministro de Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações foi alvo de mandados de busca e apreensão. Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Kassab teria recebido o total de R$ 58 milhões, no período em que era prefeito de São Paulo, de 2010 a 2016.
As investigações da Polícia Federal são baseadas em informações transmitidas durante delações premiadas de executivos da J&F. Uma parte do valor, R$ 30 milhões, teria ido diretamente para Kassab, e o restante para o Diretório Nacional do PSD.
Kassab chegou a ser empossado como secretário do governo paulista no dia 1º de janeiro, junto com o governador João Doria, mas não esteve presente na cerimônia. No dia 2, o nome dele foi publicado no Diário Oficial como titular da pasta. Ele pediu afastamento do cargo e teve a licença publicada hoje.
Em nota divulgada no dia 27 de dezembro, Kassab diz que “decidiu licenciar-se do cargo para se dedicar à organização e ao encaminhamento das informações solicitadas por sua defesa, que comprovarão a lisura de seus atos”.
Disse ainda que confia “na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, e entende que quem está na vida pública deve estar sujeito à especial atenção do Judiciário”. Colocou-se à disposição para esclarecimentos e que seus atos como gestor público seguiram a lei.
Agência Brasil