O monitoramento das barragens de rejeitos que existem na Bahia será intensificado, devido ao alerta provocado pela tragédia de Brumadinho (MG), ocorrido na sexta-feira (25), segundo informou a gerência da Agência Nacional de Mineração na Bahia (ANM). Até a tarde deste sábado (26), 34 mortes foram contabilizadas e, ao menos, 300 pessoas estavam desaparecidas, na cidade mineira.
Conforme Cláudio da Cruz Lima, gerente regional da ANM na Bahia, o estado tem um número muito menor de barragens de rejeitos, em relação a Minas Gerais. No estado baiano são 14, sendo que quatro delas podem representar algum risco.
“Enquanto Minas tem mais de 400 barragens no Plano Nacional de Segurança de Barragens, a Bahia possui apenas 14. Isso nos permite monitorar as barragens, no mínimo, uma vez por ano. Algumas são monitoradas até duas vezes por ano”, disse Lima.
A Bahia não tem registro de acidentes com barragens de rejeitos. A intensificação do monitoramento das unidades é uma medida preventiva, afirmou o gerente da ANM no estado.
“As barragens que têm mais alto potencial de dano são as localizadas em Jacobina (2), Santaluz (1) e Itagibá (1), mas elas estão sendo monitoradas, inclusive presencialmente, e as empresas estão cumprindo os condicionantes impostos pela ANM. Apesar disso, a gente vai intensificar o monitoramento das barragens, e, a partir da semana que vem, já vamos fazer uma reunião para retraçar os planos de monitoramento das barragens aqui na Bahia”, completou Lima.
Especialistas afirmam que a chance dos rejeitos de Brumadinho chegarem a rios ou praias da Bahia são remotas, por conta do volume, que não é tão grande quanto Mariana, tragédia ocorrida também em Minas Gerais, em 2015. Na ocasião, as águas da Bahia, embora o Ibama tenha chegado a fazer um alerta, também não foram atingidas pelos rejeitos da barragem.
G1/BA