A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima completa 2 anos neste domingo (8) e ele vai passar a data na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde permanece detido após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, negar, em agosto deste ano, mais um habeas corpus impetrado pela defesa do emedebista.
Geddel voltou a ser detido em 8 de setembro de 2017, em Salvador, quando teve a prisão domiciliar revogada, três dias depois de a Polícia Federal localizar o bunker onde estavam R$ 51 milhões atribuídos à família Vieira Lima. A prisão foi decretada pelo juiz Vallisney de Souza, à época da 10ª Vara Federal de Brasília, em uma das fases da Operação Cui Bono.
O inquérito para investigar o caso foi aberto pelo Supremo em outubro do mesmo ano, tendo, inicialmente, como réus Geddel, irmão dele, ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, a mãe dos dois, Marluce Vieira Lima, além do ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, do empresário sócio da Cosbat, Luiz Fernando Machado da Costa Filho, e do ex-assessor de Lúcio, Job Ribeiro Brandão.
Em 8 de março de 2018, a Segunda Turma do STF decidiu, por unanimidade, sobre a abertura de ação penal contra cinco dos seis acusados, que passaram a responder na Corte pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores, além de organização criminosa. Gustavo Ferraz foi inocentado de todas as acusações e teve a prisão domiciliar revogada.
Mais tarde, em novembro do ano passado, o ministro do STF decidiu que a matriarca deveria ser julgada pela Justiça Federal para não atrapalhar o andamento do processo, já que ela faltou, alegando problemas de saúde, aos dois depoimentos agendados por Fachin.
Desde que foi preso, o emedebista foi diagnosticado com depressão, perdeu peso, foi mantido em ala de segurança máxima da Papuda, além de ter se envolvido em outros episódios dentro da penitenciária.
Além de tentar a revogação da prisão preventiva, Geddel tem se aplicado para, em uma possível condenação, ter a pena reduzida ao máximo possível. Para isto, o ex-ministro tem se valido da remição da pena por estudo, já que, por bom comportamento, não seria possível. O baiano já leu livros e realizou cursos EAD enquanto aguarda a decisão final do STF. Para curso concluído, a pena é reduzida 15 dias.
Atualmente, todos os cinco réus aguardam a sentença do ministro Edson Fachin na ação penal que tramita na Suprema Corte. Entre eles, apenas Geddel está preso, já que teve a prisão domiciliar negada no mês passado.
Além da ação penal no STF, o ex-ministro também é réu em processos na Justiça Federal de Brasília, como as ações que investigam fraudes na Caixa Econômica Federal, em denúncias relacionadas à Operação Cui Bono, acusado de corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro.
Fonte: BNews