Líder de duas greves da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) em 2012 e 2014, o deputado estadual Soldado Prisco (PSC) foi preso nas duas vezes em que liderou as paralisações e responde, até hoje, a alguns processos judiciais por causa destas atuações. A Constituição veda a greve de militares.
Comandante da Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra/Bahia), Prisco foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por falsidade ideológica. O parlamentar é acusado de fraudar documentos da Aspra e em abril deste ano, ele virou réu no caso. A entidade diz ter 15 mil filiados dos 33 mil PMs da Bahia.
Depois de ser preso em 2014, o social-cristão foi proibido pela Justiça Federal de ter contato com diretores das associações, inclusive da Aspra, e de frequentar quartéis. O deputado recorreu, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) negaram.
Eleito vereador de Salvador pela primeira vez em 2012 pelo PSDB, Prisco liderou as duas greves da PM no governo de Jaques Wagner, do PT. Hoje deputado de oposição à administração de Rui Costa (PT), ele já foi filiado a partidos de esquerda, o PCdoB e o PSOL.
Crítico do governo do PT, Prisco afirma que a sigla “nunca foi de esquerda” e usa “essa bandeira de esquerda para enganar as pessoas”. O parlamentar reclama que sua categoria sofre com falta de equipamentos e de reajuste salarial. Nesta terça-feira (8), a Aspra deflagrou uma nova greve, mas o Comando da Polícia Militar diz que não houve adesão dos militares.
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