Quase um ano após golear o mesmo Campinense pelo placar de 7 a 1 pela Copa do Brasil 2021, o Bahia desembarcou em Campina Grande disposto a manter o tabu de 60 anos sem derrota para a equipe paraibana. E foi isso que aconteceu na tarde deste sábado, 29, no Estádio Amigão.
Jogando melhor em grande parte do jogo, o Tricolor de Aço abriu o placar com Marco Antônio, viu a Raposa empatar com Felipinho, mas com dois gols em quatro minutos — um deles um golaço de falta de Rodallega — deu números finais à partida e estreou com uma vitória maiúscula na Copa do Nordeste fora de casa.
Primeiro tempo
O Bahia foi indiscutivelmente melhor que o Campinense nos primeiros 45 minutos de jogo. Com Daniel buscando acionar os atacantes Raí Nascimento e Marco Antônio na velocidade, o Tricolor de Aço criou boas oportunidades, mas, em grande parte delas, esbarrando no mau posicionamento de seus jogadores de ataque. Aos 40 minutos, o gol baiano: após escanteio, a defesa raposeira afastou mal, Rezende chutou mascado e a bola sobrou limpa para Marco Antônio, em posição legal, estufar as malhas de Mauro Iguatu, abrindo o marcador no Amigão.
Como já diria Muricy Ramalho: a bola pune. Aos 46 minutos, Daniel, mais uma vez, encontrou Raí Nascimento sozinho, o camisa 7 do Bahia ficou cara a cara com Mauro Iguatu e, com muitas possibilidades em vista, escolheu tocar por cobertura e viu a bola sair mansamente à linha de fundo, em tiro de meta. Certamente o técnico Guto Ferreira não ficou nada feliz quando, 30 segundos depois o lateral-direito Felipinho recebeu livre na intermediária, encheu o pé e contando com desvio da defesa, acertou o ângulo de Danilo Fernandes empatando a partida. Acabava ali o primeiro tempo da partida.
Segundo tempo
O segundo tempo veio, e com eles as boas escolhas do técnico Guto Ferreira, que sacou Raí Marinho e colocou em campo o colombiano Rodallega. O Campinense, por sua vez, voltou melhor, adiantando as suas linhas e sufocando o saída de bola do Bahia. O time visitante demorou a criar chances claras e buscava administrar o resultado. Isso até os 39 da segunda etapa, quando em falta na intermediária, Rodallega bateu com categoria e acertou o ângulo de Mauro Iguatu, fazendo o segundo gol da partida.
Para coroar a boa aparição tricolor, aos 43, em jogada toda construída por jogadores vindos do banco de reservas, o lateral-direto Jhonatan acertou uma passe magistral para Marcelo Cirino, em velocidade, deixar os marcadores para trás e tocar na saída do goleiro Mauro Iguatu, dando números finais à partida e sacramentando a manutenção de um tabu de 60 anos sem derrota para o Campinense.