Leões de um zoológico da África do Sul foram infectados pelo novo coronavírus através de seus tratadores e desenvolveram sintomas graves da doença. O estudo que revelou o caso foi finalizado na última terça-feira (18) e preocupa pesquisadores, que temem que o vírus se espalhe entre os animais na natureza e crie novas mutações, mais resistentes às vacinas. As informações são da Época Negócios.
Por meio de amostras sequenciadas dos leões e dos humanos infectados, os pesquisadores conseguiram determinar que tanto os animais quanto os tratadores estavam infectados com a variante Delta. Os leões se recuperaram após 25 dias, mas apresentaram PCR positivo por mais de três semanas adicionais.
Em certos locais, os leões são frequentemente alimentados por humanos em vez de caçar por si mesmos, o que aumenta a chance de exposição ao vírus. Apesar do estudo não deixar claro quanto de carga viral os leões estavam carregando ou se eles foram capazes de transmitir o vírus durante todo o período em que testaram positivo, períodos prolongados de infecção em grandes felinos aumentariam o risco de um surto na natureza se espalhar mais amplamente e infectar outras espécies, disseram os pesquisadores.
Isso poderia eventualmente tornar o vírus endêmico entre os animais selvagens e, na pior das hipóteses, dar origem a novas variantes que podem retornar aos humanos.
“Se você não souber que é covid, existe o risco de que possa se espalhar para outros animais e depois voltar para os humanos”, disse Marietjie Venter, professora de virologia médica, que se uniu a um cientista veterinário de vida selvagem para o estudo. Os animais foram infectados por tempo suficiente “para que o vírus pudesse realmente sofrer mutações”, disse ela.
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