Após as agressões sofridas pelos jogadores Dudu e Rodrigo Andrade, nesse domingo (14), no bairro de Canabrava, a diretoria do Vitória se reuniu no Barradão nesta segunda (15) para definir o futuro dos atletas. Em contato com a assessoria de comunicação do clube baiano, foi confirmado que o volante Rodrigo Andrade não vestirá mais a camisa do Leão. Com contrato até dezembro de 2024, o jogador será emprestado. De acordo com o Vitória, ainda não há uma definição sobre a situação de Dudu.
“Vamos preservar o patrimônio do clube. São dois casos diferentes. O Rodrigo Andrade tem contrato até dezembro. Tomamos a decisão de não renovar o contrato, vamos emprestar para outra equipe e preservar o patrimônio do clube em cima desse empréstimo. O Dudu é outro caso, tem contrato até 2027 com o Vitória. Nesse primeiro momento ele está cuidando das escoriações que teve, da briga que teve. Se apresentou ao Vitória, está tratando. Depois vamos sentar com o Dudu, os procuradores do Dudu para ver qual será o destino dele”, explicou o presidente Fábio Mota em entrevista ao globoesporte.
Em comunicado publicado nas redes sociais, o clube afirmou que repudia e que vai investigar o caso. “O Esporte Clube Vitória é uma instituição democrática que reconhece sua responsabilidade social e repudia qualquer atitude que ultrapasse os limites do respeito, da segurança e da paz. O incidente envolvendo os atletas Dudu e Rodrigo Andrade na noite deste domingo (14) será tratado internamente, em conjunto com a diretoria e demais envolvidos”, diz a nota.
O Vitória ressaltou ainda que não considera “a violência como resposta para qualquer situação”. Tanto Rodrigo Andrade como Dudu têm tido o trabalho questionado pela torcida do Vitória, que briga contra o rebaixamento no Brasileirão deste ano. O primeiro, inclusive, teria faltado ao treino do Leão no domingo, mesmo após dois dias de folga concedido aos atletas.
Agressões
O caso aconteceu em um bar onde os meias Dudu e Rodrigo Andrade estariam bebendo, na Rua Artêmio Castro Valente, a mesma onde fica o estádio do Barradão. Testemunhas contaram que às 22h30, porém, membros de uma torcida organizada chegaram ao local para agredir os dois.
“Foi no bar aqui mesmo. Dudu e Rodrigo Andrade estavam aqui. Chegaram mais de 10 pessoas, que estavam com a roupa da TUI (Torcida Uniformizada Os Imbatíveis), alguns com o rosto coberto, e pularam o muro do bar. Foi assustador, porque chegaram com paus e barras de ferro, já para bater nos dois. Na hora, foi um desespero”, conta ela.
Ainda segundo Maria, os dois jogadores conseguiram escapar dos torcedores de formas diferentes. “Rodrigo Andrade correu para se esconder em uma casa aqui e os moradores ajudaram ele. Já Dudu pulou a grade o bar para tentar fugir, mas foi cercado. Foi quem mais apanhou, com certeza. Não só bateram nele, como quebraram os carros. Um era de um dos dois, mas outro era de uma moradora daqui”, completa.
O bar onde as agressões aconteceram é um negócio de família e estava fechado no momento em que foi invadido pelos torcedores. A família de Maria estava no local, onde se encontravam crianças também, mas ninguém, além dos dois jogadores, ficou ferido. No entanto, algumas cadeiras do local foram quebradas em meio à confusão.
Fonte: Correio