O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) assinou dois novos convênios e ampliou metas com três consórcios para a construção de tecnologias de acesso à água em 56 municípios dos estados da Bahia e Minas Gerais. Abaixo a relação dos Consórcios da Bahia no valor de mais de R$ 143 milhões.
Serão investidos mais de R$ 143 milhões com o objetivo de garantir o acesso à água para o consumo das famílias, para a produção de alimentos e nas escolas rurais do Semiárido. A meta é construir 16.781 cisternas de placas de 16 mil litros, 8.086 tecnologias para a produção de alimentos e 810 cisternas escolares.
Quem está comemorando a liberação dos recursos para quatro consórcios na Bahia, de modo especial o CONSISAL é o secretário executivo da entidade José Silva, segundo ele, muita gente estava pessimista para o ano de 2015, pois esperava que, com a transição de governos tanto federal quanto estadual as ações poderiam parar,”nós tínhamos a previsão desses recursos, que já vínhamos trabalhando junto com o MDS a terceira etapa da construção de cisternas para o consumo, a meta do governo é universalizar o acesso a água em todos os 20 municípios consorciados com o CONSISAL, até o final de 2014 construímos 11 mil cisternas, e agora vamos está liberando mais 11.687 unidades para o consumo e outras 130 cisternas nas escolas, do aporte de quase quarenta milhões de reais, além da ação que a gente já vem trabalhando de segunda água que são os barreiros que são as cisternas de consumo, juntamente com os galinheiros”,afirmou Zé Silva como é conhecido.
Segundo Zé Silva, ao todo são cinco consórcios no Estado da Bahia que firmaram convênio com o MDS para construção de tecnologias de captação de água para consumo e para produção, mas o anfitrião foi o CONSISAL, sendo o primeiro da Bahia e o terceiro no Brasil a assinar um convênio desse porte com o MDS. ”Quando chegamos em Brasília, no MDS, encontramos assinatura de convênios com um consórcio de Alagoas e outro do Ceará, apresentamos a demanda dos municípios do CONSISAL, ampliamos a meta contratada e encaramos o desafio da universalização, isso nos garantiu até agora a liderança desse trabalho dentro de Ministério de Desenvolvimento Social, tanto que nos últimos três anos o maior valor de recursos tem sido o nosso, isto quer dizer que além da demanda temos também capacidade e eficiência na execução das ações, se não estivéssemos o MDS não estaria disponibilizando esses recursos”, concluiu José Silva que ressalta também a participação efetiva do presidente do CONSISAL Osni Cardoso na busca dos recursos.
O CONSISAL conta com 20 municípios do Território do Sisal e todos serão contemplados, inclusive Biritinga que aderiu ao consórcio em meados do ano passado (2014)
A situação da falta d’água sempre foi sinônimo de sofrimento do povo Nordestino, mas de 2002 para cá quando o governo federal passou a investir fortemente em ações no combate a seca, o sofrimento voltou com a pior seca dos últimos 60 anos, mas as famílias sofreram menos isso graças a cisternas que armazenaram água da chuva caída no telhado das casas.
“Queremos garantir água, por no mínimo oito meses, para as famílias do Semiárido que sofrem com a seca”, destaca a diretora do Departamento de Fomento à Produção e à Estruturação Familiar do MDS, Francisca Rocicleide Ferreira da Silva. “O programa Cisternas garante melhores condições a essas populações que podem ter água potável por quase o ano inteiro.”
As cisternas são soluções simples para captar e armazenar água da chuva, tanto para consumo humano, amenizando os efeitos da seca prolongada. Com a tecnologia é possível que uma família de cinco pessoas possa conviver com a estiagem por até oito meses. Já a cisterna escolar é construída com placas de cimento e tem capacidade para armazenar 52 mil litros.
Redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas