O ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco disse, no fim da manhã desta terça-feira (10), em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara, que o recebimento de propina no esquema de corrupção na estatal se tornou um “caminho sem volta”. Ele não acredita que há problemas na gestão da petroleira, mas “nas pessoas”.
“É um caminho que não tem volta. Você começa a receber no exterior um recurso ilegal, é uma espada na sua cabeça, não tem saída, não tem saída”, afirmou em sabatina aos deputados. “Se no começo eu tive a fraqueza de começar, teve uma fase que fiquei um pouco feliz, mas depois veio um temor e quase um apavoramento [de ter todo esse dinheiro]”, continuou.
Barusco confirmou a declaração que deu em depoimento ao Ministério Público Federal, na qual admite o recebimento de propina a partir de 1997 e 1998, mas que o esquema ficou institucionalizado a partir de 2003. Ele ainda reiterou a quantia de R$ 150 milhões do que é estimado de propina destinada ao PT.
Metro1