Se você está se preparando para fazer a prova do ENEM e busca dicas para uma redação nota dez, está lendo o conteúdo certo. O maior problema dos estudantes que realizam redações para o exame nacional do ensino médio e o despreparo na hora do “vamos ver”: seja no âmbito do domínio do tema, seja na argumentação frágil, sem contar a falta de intimidade com a norma culta da língua portuguesa em boa parte dos casos. Porém, para quem procura um bom roteiro de verdade para seus estudos, aqui está uma lista dos 10 principais erros cometidos em redação do ENEM e que podem ser evitados:
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Uso de argumentos no parágrafo de introdução: lembre-se de que o parágrafo de introdução deve conter a sua tese, seu posicionamento quanto ao tema, jamais os argumentos que vão defendê-lo. Esse é um erro muito comum. Evite-o!
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Ausência de conectivos entre períodos e parágrafos: outro erro muito comum é não utilizar conjunções ou outro conectivo para ligar orações, períodos e, até mesmo parágrafos. Lembre-se de se valer das conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) para introduzir uma ideia contrária à anterior; e de usar conectivos conclusivos (logo, dessa forma, assim, dessarte, etc.) para iniciar seu último parágrafo.
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Repetição de palavras: evite repetir as mesmas palavras em um espaço curto dentro do texto. Já reparou que em sua redação a mesma palavra apareceu logo na linha de baixo? Evite isso! Mas como? Enriqueça sua leitura diária, desde jornais, online ou impressos, até livros, artigos, revistas em geral. Quanto mais leitura, mais vocabulário.
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Frases longas: em uma redação do ENEM, opte por frases mais curtas, porém bem conectadas. As frases muito longas fazem com que o aluno perca o raciocínio e não consiga encerrar o período com coerência e coesão.
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Uso de palavras em sentido genérico: em uma redação tão importante, é preciso ter precisão vocabular. Evite palavras muito gerais, como “coisa”, “negócio”; expressões como “todo”, “nenhum”, como, por exemplo: “todas as pessoas do mundo sabem disso”. Seja o mais específico possível em seu texto!
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Emprego de verbos “bengala”: essa dica é bem parecida com a anterior, já que os verbos “bengala” servem pra uma série de situações, dando sentido pouco específico à oração. Verbos como “ter” e “dar”, por exemplo, podem ser substituídos por “possuir”, “obter”, “entregar”, “oferecer”, etc. Assim, em frases como “João tem uma doença” ou “João tem muito dinheiro”, pode-se optar por “João adquiriu uma doença” ou “João possui muito dinheiro”.
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Uso repetido de “que” na mesma frase: assim como devemos evitar palavras repetidas no texto, é bom não abusar do uso do “que”. Se for como pronome relativo, opte também por “o qual”, “onde”, ou simplesmente mude a construção da frase. Por exemplo: “O meu vizinho, que era médico da cidade que eu moro, é muito competente”, poderia ser reescrita sem os “quês”, ficando assim: “Meu vizinho, médico da cidade onde moro, é muito competente”.
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Mal emprego do pronome possessivo: muito cuidado com o uso dos pronomes possessivos, a fim de que você, ao escrever, não gere ambiguidade no texto, ou seja, duplo sentido. Assim, em vez de “O prefeito e o governador se reuniram em seu gabinete” (não se sabe no gabinete de quem), podemos escrever da seguinte forma: “Em seu gabinete, o prefeito recebeu o governador para uma reunião”.
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Ausência de referência na introdução do texto: em redações para o ENEM é preponderante que se usem referências históricas, literárias ou sociais no primeiro parágrafo inicial, para que o embasamento não seja superficial.
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Ausência de propostas concretas de resolução do problema proposto: muitas vezes os candidatos caem na chamada “vala comum”, sem poder de argumentação, propondo soluções rasas aos problemas que foram propostos. Evite abstrações e “viagens” no texto, seja extremamente objetivo e use soluções concretas para responder aos questionamentos do texto.
Para encerrar este texto, deixo dicas de possíveis temas para o ENEM 2021
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Crise da água: esse tem tudo pra ser um dos temas de redação esse ano, visto que o Brasil passa por uma série de problemas no que diz respeito à falta de energia, apagões em diversas cidades do país, tudo resultado da crise hídrica por que passamos;
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Superexposição a meios digitais: o Brasil é um dos países cujos habitantes passam mais tempo diante da telinha de um celular. Em meio ao desenvolvimento tecnológico, está também uma série de danos físicos e mentais. Como o acesso aos meios digitais cresceu e muito em época de pandemia, esse pode ser um tema possível;
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Ensino a distância: em épocas de isolamento social, o tema do EAD pode ser uma tônica na redação do ENEM. Isso pode ser abordado por diferentes ângulos, desde a falta de acesso à internet por boa parte dos alunos, até a necessidade de modernização das instituições de ensino;
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Evasão escolar: outro resultado nefasto da pandemia decorrente da COVID-19 é a evasão escolar, tema que já era recorrente muito antes.
Fiquem ligados em nossas dicas e espero que elas sejam de grande utilidade para vocês.
Por: Guilherme Lima Cardozo; docente dos cursos de Letras, Pedagogia, Psicologia e Direito da Estácio e PhD em Estudos Sociais pela Universidade de Coimbra (Portugal).