A audiência de instrução e julgamento de Laize de Almeida Silva está marcada acontecer nesta terça-feira (13) no Fórum de Santaluz. A mulher é acusada de matar, em fevereiro deste ano, a adolescente trans que gostava de ser chamada de Haila Vitória.
Nessa fase do processo, todas as testemunhas – de acusação e defesa -, bem como a acusada, serão ouvidas. Seis pessoas foram arroladas como testemunhas. Depois, o juiz de Santaluz, Joel Firmino Júnior, vai decidir de Laize vai ou não para júri popular.
A acusada que é natural de Coité está presa desde o dia em que o assassinato aconteceu, 24 de fevereiro. No final de junho, a defesa de Laize pediu que acontecesse relaxamento de prisão, alegando que a ré é é mãe de duas crianças menores de 12 anos. O juiz negou.
“O crime imputado à ré trata-se de um homicídio qualificado por motivo fútil, com uso de arma branca, sendo a vítima um adolescente. A situação narrada na denúncia, amparada pelo Inquérito Policial, acabam por impedir a substituição, pelo menos neste momento processual, da prisão preventiva por prisão domiciliar”, entendeu.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Laize estava em um bar, acompanhada, quando começou uma discussão com a adolescente. Cerca de 30 pessoas estavam no local. Haila foi esfaqueada e morreu na hora. A Polícia Militar foi acionada e prendeu a suspeita.
Na Delegacia Territorial de Serrinha, Laize alegou legítima defesa, mas a juíza responsável pela audiência de custódia não entendeu assim, se baseando em vídeos de câmeras de segurança.
“Nota-se do vídeo que Laize foi na direção de Bruno [nome de registro de Haila], que a empurrou, por mais de uma vez, gesticulando de braços abertos, como se estivesse reclamando com ela. Por sua vez, a suspeita, que, registre-se, é bem ais alta que a vítima, demonstrou descaso para com a situação, prendendo os cabelos enquanto a vítima questionava algo”, escreveu a juíza, na época.
Fonte: Notícias de Queimadas