José Vinicius Lima de Araújo, 17 anos, residente na Rua Maria Dalva, nº 50, Bairro da Quadra, na cidade de Conceição do Coité, morreu por volta das 04h30 da manhã deste domingo (23), ao ser atingido com um golpe de barra de ferro na cabeça e esfaqueado quatro vezes nas costas. O crime ocorreu na Praça onde estava acontecendo os festejos profano de São Sebastião, padroeiro de Biritinga.
O corpo de José Vinicius ficou exposto, segundo informações de colegas que estavam como ele, por mais de duas horas no calçamento, antes de ser encaminhado ao hospital da cidade e por volta das 11h da manhã, foi encaminhado para o Departamanto de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.
Renilson Lima Araújo, pai da vítima, contou ao CN, que o filho teria saído de casa ás 22h de sábado (22) dizendo que estava indo ao aniversário de um amigo. “Fiquei preocupado porque ele não passou a noite em casa. Isto não era costume e quando uma pessoa bateu na porta ás 06h me chamando, já pensei o pior”, contou Reni, como é conhecido. A primeira informação que a família recebeu foi que Vinicius estava ferido, porém, quando se aproximava da cidade de Biritinga, o pai ficou sabendo que o filho estava morto. “Fiquei revoltado ao chegar ao hospital e vê a falta de respeito com o corpo do meu filho, exposto sob uma poça de sangue, numa maca e as pessoas, sem o mínimo de respeito, abrindo a porta e entrava no local, fazendo questão de vê meu filho naquela situação”, desabafou.
Estudante da 5ª/6ª série do Colégio Florentino Pinto, Vinicius, foi a Biritinga acompanhado por dois colegas assistir ao show do Black Style.
Como tudo aconteceu – Por volta das 22h, os amigos Elizeu Pereira Santos, 18 anos, (foto) José Vinicius e outro conhecido por Branguinho, fretaram a Parati de p/p JNQ 9487, licença de Conceição do Coité, do taxista Gledison Miranda Silva, 30 anos, “Guêu”, para uma viagem de 55 km, ou seja, Coité a Biritinga, onde estava acontecendo uma festa de largo com bandas famosas, dentre elas, Black Style, principal motivação da viagem. Segundo Eliseu Pereira, ao chegarem na cidade, pouco antes da meia-noite, o motorista do carro estacionou o veículo e foi dormir, enquanto os três foram para área dos shows. Eles tinham combinado que ás 04h, todos estariam próximo ao carro para retornarem a Coité e conforme acertado aconteceu. Pereira continuou conversando com o CN e narrando passo a posso desta história que terminou com o final triste. “Quando nós chegamos ao carro, vimos um ônibus de cor branca com muita gente no interior. Parecia que lá dentro esta estava acontecendo uma baderna”, contou. E de repente, continua Eliseu, “desceu um pessoal do coletivo, começou a nos bater, sem que tivéssemos com nos defender. Primeiro acertou Guêu, que caiu debaixo do carro, depois atingiram a mim, mas conseguir fugir e foram enfurecidos para Vinicius, que infelizmente não teve a mesma sorte que a gente e acabou sendo morto. Antes de fugir, ainda deu pra vê-lo agonizando”, lamentou.
Eliseu não sabe quem são aquelas pessoas e garanti que não houve nada de deixassem eles tão enlouquecidos. “A conversa que surgiu lá, foi que esse pessoal tinha rixa com outro grupo de Coité e, vendo a placa do carro, confundiram a gente”, imaginou. Até o fechamento desta matéria, a polícia não havia prendido ninguém.
A familia tem em seu poder a placa do ônibus de onde a grupo saiu, o que poderá facilitar a investigação.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas e arquivo da família