O Parlamento irlandês adotou uma lei que autoriza o aborto quando a gestação representar um risco para a vida da mãe, uma questão muito polêmica em um país católico e onde milhares de mulheres saem todos os anos para interromper a gravidez no exterior.
A câmara baixa do Parlamento adotou esta lei na quinta-feira à noite e o texto também deve ser aprovado na câmara alta, onde o governo conta com a maioria. A nova lei autoriza o aborto se a gravidez significar “um risco real e substancial”, de acordo com o parecer de médicos.
Em caso de risco de suicídio, é necessário que haja unanimidade na opinião de um obstetra e dois psiquiatras. Além dos conservadores, o texto também frustrou deputados de esquerda e associações favoráveis ao aborto, que o consideraram muito restritivo, já que a nova lei não prevê a autorização do aborto nos casos de estupro, incesto ou de anomalia fetal.
Em dezembro de 2010, a Corte Europeia de Direitos Humanos condenou a Irlanda por haver proibido o aborto de uma mulher que fazia tratamento contra um câncer e que temia que a gravidez provocasse o retorno da doença.
Com informações do Bahia Notícias*