O motorista de uma ambulância sobreviveu após um cavalo entrar pelo para-brisa do veículo em um acidente na BA-290, no município de Medeiros Neto, localizado no extremo sul da Bahia. Apenas as patas traseiras do animal, que morreu com a colisão, ficaram pelo lado de fora do veículo. O condutor do carro só sofreu escoriações leves.
O motorista, que tem 29 anos, conversou com o G1 na última segunda-feira (2), um dia após o acidente, e falou sobre o susto. Sem querer ter o nome divulgado, o condutor disse que trafegava a cerca de 100 quilômetros por hora quando colidiu com o cavalo e afirma ter sobrevivido por um milagre.
“Eu tinha levado um paciente e um acompanhante do Hospital de Medeiros Neto para uma unidade de saúde em Teixeira de Freitas, e na volta sofri o acidente. Tinham dois cavalos na písta. Consegui desviar de um, mas não teve como escapar do outro. Ele entrou pelo lado do passageiro. Felizmente eu tava sozinho no carro, sem acompahante. Sou evangélico e acredito que foi um milagre”, destacou.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o acidente ocorreu a cerca de oito quilômetros da entrada da cidade. O motorista teve apenas ferimentos leves na mão direita, causados pelos estilhaços do vidro dianteiro do carro.
O condutor é funcionário do Hospital de Medeiros Neto e trabalha transportando pacientes pela região há mais de sete anos. Ele conta que acidentes como esse são constantes na BA-290, devido ao grande número de animais que ficam nas margens da rodovia, mas que essa foi a primeira vez que se envolveu em uma colisão.
“Na hora, eu tomei um grande susto. A pancada do lado do carona foi muito forte. Só ficou as pernas do cavalo pelo lado de fora. E ainda tive que jogar o carro no acostamento com o cavalo no para-brisa para que um caminhão que vinha atrás de mim não batesse na ambulância. Graças a Deus não aconteceu nada comigo e até continuei trabalhando. Com relação à ambulância, não teve jeito, foi perda total. Ficou muito danificada e não tem mais o que fazer”, conta o condutor.
Marcio Rocha Oliveira, recepcionista do Hospital de Medeiros Neto e amigo do motorista, afirma que viu o momento em que o colega chegou ao hospital após o acidente visivelmente abalado.
“Ele estava bastante assustado e eu nem quis conversar com ele. Deixei para falar com ele hoje. É um cara super tranquilo, disse que tentou desviar do cavalo, mas que não conseguiu. Como ele e evangélico e costuma orar bastante, creio que foi coisa de Deus mesmo”, afirmou.
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