O julgamento de Adriano Silva dos Santos, um dos suspeitos da morte da pastora Marcilene Oliveira Sampaio e da prima dela Ana Cristina Santos Sampaio, em Vitória da Conquista, sudoeste baiano, começou na manhã desta quarta-feira (19) e deixou o salão do Júri lotado, no Fórum João Mangabeira. O crime ocorreu em janeiro deste ano. Um pastor é suspeito de ser o mandante dos assassinatos por conta de vingança. O caso chocou a população da cidade.
O júri popular começou por volta das 10h. Adriano é apontado pela promotoria como o executor das mortes das vítimas. A promotoria informou que pretende conseguir condenação com pena máxima para o réu. O defensor público que representa Adriano preferiu não se manifestar. A previsão é de que a decisão do julgamento saia ainda nesta quarta-feira.
Segundo a políca, Adriano e outro suspeito, Fábio de Jesus Santos, teriam executado as vítimas a mando do pastor Edimar Brito. Fábio e Edimar também foram presos, mas recorreram à Justiça e serão julgados separadamente.
Crime
Conforme as investigações, o crime foi motivado por vingança após as vítimas, que eram colegas do pastor, terem saído da igreja dele, depois de um desentendimento, para fundar um novo templo evangélico e levado a maioria dos fiéis.
A pastora Marcilene também era professora da Universidade Estadual da Bahia (Uneb).
A professora Marcilene Oliveira Sampaio, o marido e a prima tinham acabado de sair da igreja que fundaram e seguiam para o sítio onde moravam quando o carro em que estavam apresentou um defeito na estrada que liga Vitória da Conquitsa a Barra do Choça.
O marido da pastora o também pastor Carlos Eduardo, disse à polícia que desceu do veículo para verificar o que tinha acontecido quando foi abordado por três homens que chegaram em outro carro. Entre os suspeitos estava o pastor apontado como mandante do crime.
Segundo a polícia, a intenção dos criminosos era matar toda a família no sítio em que as vítimas residiam. A suspeita é de que Marcilene e os parentes já estavam sendo seguidos desde o momento em que deixaram a igreja. Conforme a polícia, ao perceberem as vítimas paradas na estrada, os suspeitos decidiram agir.
O marido da pastora foi colocado dentro carro dos suspeitos e seguiu pela estrada com um dos criminosos. O outro suspeito e o pastor ficaram ao lado da professora e da prima dela às margens da rodovia. As duas mulheres foram mortas em seguida a pedradas.
De acordo com a polícia, o marido de Marcilene, que estava no banco de passageiro sob a mira de um revólver, foi agredido várias vezes ao longo do trajeto pelo suspeito, mas conseguiu fugir e acionar a polícia.
G1.com