O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou há pouco ao Estado que a China reabriu o mercado para importação de carne brasileira. Ele avaliou que essa decisão é um ponto de inflexão na crise aberta após as revelações da operação Carne Fraca, da Polícia Federal.
Os desembaraços aduaneiros, que estavam suspensos, serão retomados a partir da segunda-feira, com algumas restrições. Serão bloqueados os produtos fabricados na SIF350, planta da JBS localizada na Lapa, no Paraná. Além disso, também ficaram retidos os produtos que tiverem os certificados assinados por pessoas investigadas. “São sete fiscais que têm problema, e todas as cargas que eles assinaram estão suspensas. O resto está liberado”, explicou.
Para Maggi, a liberação da China “era uma batalha importante” devido à influência sobre outro mercado. “Acho que Hong Kong, como é um entreposto, tem muito mercado com a China. Se a China nos liberou, não tem porque eles nos manterem suspensos. Foi importante por todo o trabalho que foi feito essa semana.”
Agora, o próximo objetivo do governo é ir “atrás dos mercados que ainda não retomaram (a importação da carne brasileira)”.
Em nota asinada por Maggi, o ministério informou que a reabertura ao mercado brasileiro é um atestado categórico da solidez e qualidade do sistema sanitário brasileiro e da vitória da capacidade exportadora do País. “A China nunca fechou o mercado aos nossos produtos, mas apenas tomou medidas preventivas para que tivéssemos a oportunidade de oferecer todas as explicações necessárias e garantir a qualidade da nossa inspeção sanitária”, disse o ministro.
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