A Bahia tem cerca de 1,3 milhão de pessoas desempregadas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O dado refere-se ao 2º trimestre do ano. No 1º trimestre, a Bahia ocupava o primeiro lugar em número de desempregados no país. Agora, ocupa a 3ª colocação atrás de Pernambuco e Alagoas, respectivamente 1º e 2º lugares no ranking.
Na Bahia, na variação entre o primeiro trimestre do ano (janeiro até março) e o segundo trimestre (abril até junho), houve uma redução de 75 mil pessoas desocupadas e 92 mil passaram a trabalhar de maneira formalizada. A Região Metropolitana de Salvador, por sua vez, teve uma redução no número de pessoas empregadas que, segundo o IBGE, estatisticamente pode ser considerada como uma estabilidade no quadro.
Nacionalmente, a taxa de desocupação no 2º trimestre de 2017, foi estimada em 13%. Este indicador apresentou queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior (13,7%). Quando comparada com o 2º trimestre de 2016 (11,3%), a taxa aumentou 1,7 ponto percentual.
A região Nordeste permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo da série histórica (início em 2012), e no 2º trimestre de 2017 foi de 15,8%; enquanto a região Sul teve a menor, 8,4%.
Todas as grandes regiões, exceto Nordeste (estabilidade), apresentaram queda no indicador frente ao trimestre anterior. Entretanto, destacam-se as regiões Norte e Centro-Oeste, com queda na taxa de 1,7 pp e 1,4 pp respectivamente. Na comparação anual, as regiões Nordeste e Sudeste registraram as maiores elevações com aumentos de 2,6 e 1,9 pontos percentuais respectivamente.
Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação no 2º trimestre 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8%; e em Alagoas, de 17,5% para 17,8%. As menores taxas de desocupação foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Para o total do país, a taxa caiu de 13,7% para 13,0%, nesse período.
No 2º trimestre de 2017 (abril/junho), a taxa foi estimada em 11,5% para os homens e 14,9% para as mulheres. Lembrando que a taxa total para este período ficou em 13,0%.
Por faixa de idade, a taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (27,3%) continuou apresentando patamar elevado em relação à taxa média total (13,0%).
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto, 21,8%, era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 14,0%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,4%.
A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho. Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. Em contrapartida, na categoria dos empregados foi constatado que as regiões Sudeste (71,9%) e Centro-Oeste (69,9%) apresentaram participação maior destes trabalhadores.
Parte expressiva dos empregados estava alocada no setor privado (71,6%), 18,4% no setor público e os demais no serviço doméstico (9,9%).
Rendimento médio
No 2º trimestre de 2017, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.014. Este resultado apresentou estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.125) e elevação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.043).
Na comparação entre as regiões, do 1º trimestre de 2017 para o 2º trimestre de 2017, ocorreu variação positiva no rendimento no Norte (0,5%) enquanto nas demais o quadro foi de queda. O maior rendimento era na região Centro-oeste (R$ 2.362) e a menor era no Nordeste (R$ 1.617).
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