Dois suspeitos de envolvimento na morte da adolescente Bruna Santana Mendes, de 16 anos, encontrada enrolada em um saco plástico após ficar desaparecida por mais de dois dias, na cidade de Feira de Santana, foram presos nesta sexta-feira (23), informou a Polícia Civil.
Os suspeitos, o jovem Deividson Jorge dos Santos, de 18 anos e Eric Pereira Maciel, de 20 (foto de camisa branca), tiveram mandados de prisão decretados pela juíza Márcia Simões Costa. A polícia não informou onde eles foram localizados.
Pouco antes das prisões, a polícia disse ter encontrado, em uma casa vizinha à residência do primo de Bruna, no bairro Jardim Cruzeiro, em Feira, sacos plásticos parecidos com o que foi usado para enrolar o corpo da vítima. A jovem, que era da cidade de Serra Preta, estava hospedada na casa do primo por alguns dias.
Justiça decreta prisão de suspeitos de envolvimento na morte de adolescente de 16 anos.
“Esses sacos já foram recolhidos e, agora, a gente tenta fazer essa comparação com o saco que foi utilizado para enrolar e deixar a vítima no local e para saber se tem algum tipo de ligação”, disse o delegado
.A polícia não informou se os suspeios presos tem alguma relação com o imóvel onde os sacos foram encontrados. Nesta sexta, várias pessoas prestaram depoimento sobre o caso no Complexto de Delegacias do Sobradinho.
A autopsia realizada no corpo da jovem apontou que a vítima morreu após ser esganada. A suspeita de que ela tenha sido também estuprada ainda é investigada. A polícia aguarda o resultado do exame que pode comprovar se houve o abuso.
Bruna desapareceu no domingo (18), enquanto voltava para a casa de parentes onde estava hospedada, em Feira de Santana, após um encontro com um jovem também de 16 anos em um shopping da cidade. A garota foi encontrada morta na quarta-feira (21), em uma localidade conhecida como Anel de Contorno, que fica nas proximidades da casa para onde ela iria.
A mãe do adolescente de 16 anos que se encontrou com Bruna antes de ela desaparecer disse que o filho está sendo ameaçado nas redes sociais, por acharem que ele tenha algum envolvimento no crime. Ela relatou ainda que não tem saído de casa.
“Meu filho está sem poder ir à escola. As pessoas não sabem bem o resultado de tudo isso e já condenam e critiam meu filho. Eu peço a essas pessoas que parem, porque quando o verdadeiro culpado for pego eu vou tomar minhas providências. Quem está compartilhando, publicando e mandando esses tipos de mensagens nas redes sociais vai se ver com a Justiça, porque eu vou procurar a Justiça”, disse Isabele Linhares.