Um empresário foi preso em Salvador, na noite de quarta-feira (1º), no próprio restaurante, no Pelourinho, Centro Histórico da cidade. Ele tinha três mandados de prisão em aberto por ter comandado o tráfico de drogas no Morro da Serrinha, em Madureira (RJ), entre o final da década de 1990 e início dos anos 2000.
Na época, Anderson Luiz Moreira da Costa fugiu da justiça carioca e veio para a capital baiana, onde, segundo informou à polícia, recomeçou a vida fora do tráfico. Ele estava na cidade há 12 anos e se formou em direito. Anderson tinha três mandados de prisão em aberto e foi levado para o Rio de Janeiro na manhã desta quinta (2), onde deve ficar preso.
Usando identidade falsa, com o nome de Adson Moreira de Menezes, Anderson passou na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e chegou a ser aprovado em uma seleção para atuar como estagiário em uma penitenciária de Salvador. Ele terminaria uma pós-graduação em Ciências Criminais em 2019.
Além disso, ele abriu um restaurante no Pelourinho, onde foi preso. Anderson tinha também uma loja de instrumentos musicais e outra de peças de motos, na capital baiana.
“Acredita-se que ele se desligou do tráfico. Entretanto, o valor arrecadado com a venda ilegal de drogas, com certeza, foi o que deu o pontapé para ele recomeçar uma vida na Bahia como empresário, já que ele possui três estabelecimentos comerciais”, disse a delegada Raíssa Celles, titular da 77ª DP (Icaraí – RJ).
Anderson ficou na mira da polícia após conduzir um homem até uma delegacia de Salvador. Na ocasião, ele presenciou um furto e levou o suspeito detido. A identidade falsa dele foi descoberta a partir de impressões digitais colhidas na delegacia. Segundo a polícia, além da acusação de tréfico de drogas, Anderson tinham passagem por latrocínio e porte ilegal de arma.
“Em uma oportunidade, ele conduziu um preso até uma delegacia em Salvador, se apresentando como advogado. Ele narra que presenciou um furto e correu atrás de um meliante, conseguiu capturá-lo, e chegou à delegacia como advogado e condutor de uma prisão em flagrante”, conta a delegada.
G1ba