Abrindo mão de seus próprios sobrenomes, candidatos a cargos eletivos em diversos estados tentam pegar carona na fama dos presidenciáveis que lideram as pesquisas de intenção de voto.
Mesmo sem nada a ver com as famílias, até agora 26 pessoas abandonaram suas identificações por parentesco para tentar surfar na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 10 se cadastraram na Justiça Eleitoral adicionando Lula a seus nomes.
Os concorrentes que decidiram fazer a mudança usando o nome Bolsonaro são do PL, partido do presidente, do PRTB, PTB, PSD, PP, Republicanos. Há um postulante, no entanto, que usará a alcunha com objetivo contrário dos demais. Christopher Borges Veleda, do PSol, fará oposição aparecendo nas urnas como: Chris Col Bolsonaro Nunca Mais.
Os demais apresentam-se dessa maneira também como forma de apoio ao presidente. A metade, 13 dos 26, disputará uma vaga de deputado estadual. Outros 11 se registraram no TSE pra concorrer à Câmara dos Deputados. Dois querem ser eleitos para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Fabiana de Lima Barroso (PL) será Fabiana Bolsonaro nas urnas. Welesson Oliveira inscreveu-se no TSE como Welesson Bolsonaro. Genilvado Araujo (PL) será Capitão Bolsonaro. Daniel Jorge (PRTB), Jorgito Bolsonaro. Eloir Dedonati (PL) se intitula Padre de Bolsonaro. Zenaide Bielawsky é Zenaide do Bolsonaro.
Além dos 26, estão registrados no TSE com o sobrenome, por óbvio, Jair Bolsonaro para presidente e o filho Eduardo Bolsonaro para deputado. Uma parente distante também com o sobrenome de família deseja obter o registro para concorrer: Valéria Bolsonaro é casada com um primo em segundo grau do presidente e adquiriu o sobrenome pelo casamento.
No Distrito Federal, Leonardo Rodrigues de Jesus, primo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, entrou com pedido de registro de candidatura a deputado distrital no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) como Léo Índio Bolsonaro.
Também no TRE-DF disputa a candidata Kelly Cristina Pereira dos Santos, A Kelly Bolsonaro (Republicanos), que chegou a assumir o mandato de deputada distrital, em 2019. Ela entrou na vaga do parlamentar Daniel Donizet que, na ocasião, deixou o cargo para assumir a Administração Regional do Gama. No entanto, saiu um mês depois com a volta de Donizete.
SOBRENOME LULA
Em 2018, para protestar contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma série de deputados, senadores, pessoas públicas e apoiadores decidiram adotar o sobrenome Lula. Na Câmara dos Deputados, alguns parlamentares chegaram a mudar seus nomes no painel.
Passados quatro anos e com as condenações que sofreu anuladas, Lula volta a concorrer à Presidência da República. Assim como os apoiadores de Bolsonaro, os que desejam surfar nos votos do petista ou manifestar apoio, trocaram sua identificação nas urnas e adotaram o nome do petista.
Pela lista de registros na Justiça Eleitoral, até o momento, 10 pessoas se identificam como Lula, além do ex-presidente. Entre os 10, há ainda quem tenha o nome “Luiz”, normalmente apelidado por “Lula”.
As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, parceiro do Calila