A equipe do governo responsável pela proposta da reforma da Previdência deve concluir o texto hoje, incluindo as observações feitas pelo presidente Michel Temer em dois encontros ocorridos na última terça-feira.
Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, após esta última revisão, Temer deve dar início às conversas com centrais sindicais e lideranças partidárias na Câmara e no Senado. “Virá antes do recesso (do final do ano), mas votação [da reforma na Câmara] é certo que não teremos. O máximo que poderíamos sonhar era ter na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] a votação da admissibilidade [da proposta]”, disse, durante lançamento do livro dos 50 anos do PMDB, realizado na Câmara.
O avanço do texto na CCJ também depende do calendário de negociações que será definido por Temer. Padilha afirmou que o governo também está confiante na agenda acertada pelo presidente do Senado Renan Calheiros, que prevê a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 55, que define o teto de gastos públicos para os próximos 20 anos, antes do encerramento das atividades legislativas este ano.
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) defendeu uma reforma “responsável” nas regras de aposentadoria e benefícios previdenciários. “A reforma será dura, dados os padrões que nos encontramos. Nós ficamos muito tempo sem cuidar disso”, disse à Folha de S. Paulo. Padilha reafirmou que o governo vai propor idade mínima de 65 anos para acessar a Previdência. “Vamos fazer a reforma levando o Brasil no rumo que o mundo já andou”, afirmou.
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