Um grupo hacker que se identifica como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou ataques cibernéticos a páginas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Ao assumirem o controle dos sites invadidos, os hackers pedem votos ao candidato à reeleição.
As ações são reivindicadas por um grupo que se autodenomina BolsonaroCyberMafia. As invasões são registradas em um repositório digital usado por hackers para dar publicidade aos ataques e cultivar prestígio no meio do cibercrime.
Não foram encontradas referências de ataques a sites ligados a apoiadores de Bolsonaro. Mas, como mostrou o Estadão, os ataques à campanha do presidente têm ocorrido abertamente nas redes sociais por militantes petistas, sem a atuação de hackers.
A campanha de Lula resgatou vídeos antigos sobre maçonaria e canibalismo para tentar minar o apoio de Bolsonaro entre os evangélicos. A estratégia eleitoral fez com que o ex-presidente petista ampliasse o engajamento em suas páginas. O principal responsável pelo impulsionamento nas redes sociais de ataques ao presidente é o deputado André Janones (Avante-MG). Usando seu perfil pessoal, o parlamentar compartilha fotos e vídeos e provoca os perfis de bolsonaristas.
Ciberataque
Já as investidas contra as páginas por hackers consistem em substituir conteúdos dos sites por mensagens antipetistas e a favor de Bolsonaro. É um ataque conhecido por “defacement”, um tipo de “pichação virtual” feita a partir de falhas de segurança.
Um dos ataques mais recentes ocorreu na sexta-feira passada, contra o site do PT que concentra notícias e informações sobre a atuação da bancada na Câmara. A página principal foi substituída por mensagem contrária ao partido e por um pedido de apoio ao atual presidente acompanhado por uma foto de Bolsonaro sobre a bandeira do Brasil.
Fonte: Correio