A ativista Maria da Penha, que deu nome à lei 11.340, importante instrumento de prevenção e punição à prática da violência contra a mulher no país, esteve no município baiano de Serrinha, na última segunda-feira, sendo recebida pelo prefeito do município, Osni Cardoso, e pela secretária estadual de Políticas para Mulheres, Vera Lúcia Barbosa.
Ela fez palestra para um número expressivo de moradores, autoridades, e representantes de movimentos feministas e de defesa dos direitos humanos, quando relatou o período em que vivenciou, dentro de casa, as diversas formas de violência praticadas pelo seu ex-companheiro, inclusive duas tentativas de homicídio.
“O nome da lei significa uma compensação simbólica pela luta de todos esses anos”, disse Maria da Penha, que foi saudada calorosamente pelo público presente ao evento. “Espero que nossos descendentes encontrem uma sociedade mais igualitária”, completou a ativista.
A secretária Vera Lúcia também falou durante o evento, destacando a importância da Lei Maria da Penha e sua aplicabilidade para combater a violência contra a mulher. Na oportunidade, ela enfatizou o esforço do Governo do Estado da Bahia para o enfrentamento ao sexismo e à intolerância a esse forma de violência.
Repercussão – O caso de violência doméstica sofrida pela biofarmacêutica cearense Maria da Penha ganhou repercussão por todo o Brasil e no exterior, principalmente pela demora na punição do criminoso, que só foi condenado após 19 anos do ocorrido. A situação provocou, inclusive, intervenções de organismos internacionais como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que exigiu políticas de proteção às mulheres vítimas de violência familiar.
Fonte: SPM / foto: Clériston Silva