O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti em um bairro de Alagoinhas, cidade a 100 quilômetros de Salvador, está acima do permitido e causa alerta na região. O Ministério da Saúde diz que o ideal é que o índice de infestação do município seja em torno de 1%. Em Alagoinhas, de um modo geral, o índice é de 1,9%. Porém, no bairro Barreiro de Cima, esse índice supera os 10% e a situação é alarmante.
A cada 45 dias, agentes de endemias fazem vistoria no município e sinalizam as residências visitadas com uma bandeira. O bairro Barreiro de Cima tem recebido uma atenção especial por causa da grande quantidade de possíveis focos do mosquito. Durante uma das visitas, os agentes identificaram várias larvas e ovos do Aedes aegypti em uma das casas visitadas.
De acordo com Jane Meyre, supervisora de endemias no bairro, há alguns meses a situação era pior, mas com a colaboração dos moradores, os índices começaram a mudar. “As pessoas acumulam água de forma inadequada. Depósitos expostos, tanques, caixas d’água sem tampa. Então, foram encontrados muitos desses depósitos com as larvas do mosquito e por isso nós precisamos da colaboração, atenção geral de toda comunidade”, alerta Jane Meyre.
Casos na Bahia
O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (30) que existem 37 casos de suspeita de microcefalia na Bahia. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), 13 casos já foram confirmados.
Segundo boletim do ministério, com dados colhidos até 28 de novembro, no país já foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia em 311 municípios de 13 estados e no Distrito Federal. O número total representa um aumento de 509 casos, já que no último boletim do ministério, no dia 24 de novembro, foram registrados 739 casos.
No sábado (28), o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o zika vírus e os casos de microcefalia na região Nordeste, a partir da confirmação do Instituto Evandro Chagas, do micro-organismo em amostras de sangue e tecidos de um bebê nascido no Ceará, mas que acabou morrendo. A criança apresentava microcefalia e outras malformações congênitas.
A situação reforça o apelo do ministério para a mobilização nacional no combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya.
G1.com