Durante a conferência anual do Banco Santander, que aconteceu na quarta-feira (16), em São Paulo, o presidente Michel Temer afirmou que o seu governo “fez em 17 meses o que não foi feito em 20 anos”. Para demonstrar seu ponto de vista, Temer listou ações como a PEC dos gastos, o projeto de terceirização, a reforma trabalhista, o novo modelo de governança nas estatais e outras.
“Um debate franco sobre o Brasil exige reconhecer que os últimos anos têm sido desafiadores, mas que agora o Brasil tem rumo”, disse o presidente. Segundo ele, “temos que fazer tudo rapidamente”. Temer afirmou que no seu governo a postura é de “encarar os problemas de frente, sem recorrer a atalhos”. E que tem adotado medidas populares e não populistas. “As medidas populistas causam prejuízos, as populares serão reconhecidas no futuro. Meu governo não cede ao populismo, mas persegue a eficiência”, disse.
O presidente afirmou ainda que a reforma da Previdência é uma “reforma pra hoje” – e usou o Rio de Janeiro como o resultado de uma crise previdenciária.” “Temos que reformular a Previdência em pouquíssimo tempo”. Ele afirmou que a reforma da Previdência irá atingir os privilegiados do serviço público e não o trabalhador que ganha um ou dois salários mínimos.
Para o presidente, as críticas à reforma são apenas de natureza política. Ele também afirmou estar trabalhando em um projeto de simplificação tributária. Sobre a reforma política, Temer voltou a dizer que em seu governo “o legislativo é parceiro” e que “trabalhamos juntos para governar juntos”. Em tom de crítica, Temer disse que o “Brasil tem uma vocação centralizadora e que o povo parece gostar dessa centralização”. Nesse sentido, segundo o próprio presidente, o seu governo estaria quebrando esse paradigma centralizador e trabalharia para “quebrar esse ciclo histórico de que a cada 25, 30 anos haveria a necessidade de um novo Estado”.
Temer afirma que o que é preciso é seguir as diretrizes da constituição de 1988 e “continuar com as adequações modernizantes da estrutura governativa, econômica e social”. No final do evento, o presidente disse para os presentes que saíssem de lá com a “alma inflamada”, divulgassem suas ideias e os benefícios da reforma.
O presidente deixou o teatro Santander sem falar com a imprensa.
Estadão Conteúdo