Sensação única na vida de algumas pessoas e uma relíquia histórica para toda a vida. A honra de carregar a tocha olímpica no revezamento pelas ruas do Brasil é um privilégio para poucos, mas nem todos se contentam apenas em viver aquele momento. Alguns condutores da tocha do Rio 2016 estão aproveitando a situação para tentar faturar um bom dinheiro ao tentar vender o objeto por um valor altíssimo, um deles por até R$ 120 mil. E a atitude tem gerado críticas.
Gabriel Júnior Carmo da Cunha (foto abaixo), que a convite de um patrocinador conduziu a tocha na cidade de Varjão de Minas, em Minas Gerais, anunciou a peça em um site de vendas na internet, e a proposta já estava em R$ 120.369,00 na tarde desta sexta-feira. Gabriel venceu um concurso da Nissan em que contou a sua história dizendo ser um menino de baixa renda que tinha o sonho de participar de alguma atividade olímpica.
Na mesma página na web, alguns internautas se mostraram indignados com a situação e deixaram seus comentários: “Lamentável, enquanto para uns é orgulho, para outros é luxúria” ou “a Polícia Federal e o Comitê Olímpico Internacional estão de olho nos condutores que estão vendendo a Tocha Olímpica”, escreveram.
Em outro anúncio no valor de R$ 28 mil, em que a pessoa não se identifica, o texto diz que a “Tocha Olímpica Rio 2016, peça oficial do comitê olímpico, seguirá com todo o kit, tocha, manual de instrução, embalagem, uniforme e mochila, tudo oficial, conforme fotos da evidência do dia do revezamento”.
Apenas os condutores tiveram a oportunidade de comprar a tocha olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro 2016. Quem optou por adquiri-la, teve que desembolsar R$1.985,90. Quem foi convidado pelos patrocinadores ganhou o objeto, já que as empresas fizeram o pagamento antecipado da tocha.
Consultados pela reportagem do Globoesporte.com, tanto o Comitê Organizador Rio 2016, quanto os patrocinadores Nissan, Cola-Cola e Bradesco afirmaram que não há nenhum impedimento na venda da tocha, explicando que o condutor tem a liberdade para fazer o que quiser depois que adquiriu o objeto.
Globoesporte.com